terça-feira, 17 de março de 2009

Reunião da OPEP


OPEP adia cortes nas quotas de produção

16.03.2009

Os preços estão mais baixos do que pretendiam os países exportadores de petróleo, mas as quotas de produção vão ficar iguais pelo menos até ao final de Maio

A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) decidiu ontem manter inalterados os limites de produção impostos aos seus membros, adiando um corte que poderia fazer subir os preços do crude nos mercados internacionais.
A decisão, tomada após o encontro dos 12 países membros em Viena, teve como principal justificação o facto de o corte de produção de 4,2 milhões de barris por dia decidido em Setembro passado não ter sido ainda posto totalmente em prática por muitos países. Mesmo a Venezuela, um dos países da organização que têm defendido a redução da produção para sustentar o nível de preços, acabou por aceitar este argumento. "Não faz sentido propor um corte se os acordos anteriores ainda não foram cumpridos", disse Rafael Ramirez, ministro venezuelano da Energia e Petróleo.
Decisivo também para esta posição poderá ter sido o facto de, na actual conjuntura, um regresso dos preços do petróleo a valores mais elevados poder contribuir para colocar a economia mundial numa situação ainda mais difícil, o que, a prazo, também seria prejudicial para os países produtores.
A Arábia Saudita, o maior produtor, parece, nesta fase, ser a principal defensora de uma estratégia cautelosa da OPEP, que não afecte demasiado a já débil saúde dos países consumidores. Na semana passada, o Presidente dos Estados Unidos Barack Obama telefonou ao rei Abdullah da Arábia Saudita, uma acção que os analistas dizem poder ter sido importante na decisão de ontem. A OPEP vai voltar a reunir-se no final de Maio. S.A

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