domingo, 3 de maio de 2009

fissão nuclear

Olá a todos!


Alguns anos antes da Segunda Guerra Mundial, vários grupos de pesquisadores tentaram obter novos elementos químicos com número atómico superior a 92, bombardeando urânio com neutrões térmicos. De tal operação resultaram núcleos radioactivos cujo número de protões superava (Z=92) o dos elementos que se encontravam em estado natural. A estes elementos artificiais chamaram-se transurânideos.
Os resultados do bombardeamento do urânio por neutrões teve resultados complicados e enigmáticos. Em 1934 Fermi e os seus colaboradores efectuaram alguns estudos que só viriam a ser interpretados uns anos depois. Em Janeiro de 1939, os químicos alemães Otto Hahn (1879-1968) e Fritz Strassmann (1902-1980), baseando-se no trabalho da física austríaca Lise Meitner (1878-1968) anunciaram (publicando um artigo na revista Naturwissenschaften) uma sensacional descoberta de importantes consequências: numa amostra de urânio irradiada por neutrões encontraram amostras de Bário, Lantânio e Crípton, cuja origem se encontrava na fraguementação dos núcleos de urânio. Tal descoberta permitiu concluir que os núcleos de urânio se tinham fissionado e nos meses que se seguiram, este processo passou a ser mais bem compreendido e chamado de fissão nuclear.



Na fissão nuclear, um átomo de um elemento é dividido produzindo dois átomos de menores dimensões de elementos diferentes.
A fissão de urânio 235 liberta uma média de 2,5 neutrões por cada núcleo dividido. Por sua vez, estes neutrões vão rapidamente causar a fissão de mais átomos, que irão libertar mais neutrões e assim sucessivamente, iniciando uma auto-sustentada série de fissões nucleares, à qual se dá o nome de reacção em cadeia, que resulta na libertação contínua de energia. Este processo é utilizado de forma positiva em centrais nucleares para a obtenção de electricidade e de forma negativa em bombas atómicas como as utilizadas em Hiroshima e Nagasaki. A polémica que rodeia a utilização de centrais nucleares e a construção de bombas atómicas são os factores de risco à vida. Apesar de extremamente seguras, as centrais nucleares podem apresentar falhas de origem humana, problemas técnicos e ainda sabotagens que além de problemas de saúde geram contaminação na biosfera. No caso da construção das bombas atómicas, além de ser uma construção humana contra a própria vida pode também, em sua construção, haver erros que prejudiquem o meio ambiente.

penso que este video ajuda a perceber melhor o processo de fissão:

http://www.youtube.com/watch?v=tQa4LONy9XM


Espero que gostem! :)


ps: tenho uma imagem da reacção em cadeia de uranio 235 mas não a consegui adicionar.

1 comentário:

Rui Vítor Costa disse...

OK Zuca. Haverá sempre vantagens e todos os cuidados para minorar as desvantagens...