"(...) O Presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, não falou nesta nova variante de ciências forenses, no seu discurso sobre o nuclear no domingo passado. Mas o tema das novas formas de dissuasão estará certamente na sua agenda, diz Allison: "O Presidente Obama já declarou que a ameaça do terrorismo nuclear se eleva acima de todas as urgências, e comprometeu-se a agir. Actualizar os conceitos do século XX para se adequarem às ameaças do século XXI deve ser uma grande prioridade da sua Administração, e há sinais de que assim é."
Então como poderia funcionar esta nova forma de dissuasão? "O objectivo seria duplo. Primeiro, evitar que líderes de Estados nucleares vendessem armas a terroristas, ao garantir que seriam responsabilizados pela sua utilização. Segundo, daria aos líderes políticos o incentivo necessário para garantir a segurança das suas armas e outros materiais nucleares", explica Allison, director do Centro Belfer da Universidade de Harvard.
As ciências forenses nucleares juntam várias competências, da física e da química, para detectar a origem de materiais radioactivos, tanto antes de serem detonados como depois. Ou que nunca serão detonados, como os materiais usados em máquinas de raios-X, por exemplo, mas que por vezes são alvo de tráfico ilícito na União Europeia, juntamente com outros materiais mais preocupantes - como urânio altamente enriquecido, produzido em algumas centrais e usado nas armas nucleares.
Identificar de que zona do mundo terá vindo o urânio (pois cada minério, consoante a região geográfica de onde é originado, tem composições ligeiramente diferentes, com uma assinatura própria), que tecnologia terá sido usada para o purificar. Ou, no caso de serem pastilhas como as usadas nas centrais nucleares, onde são usadas (cada máquina pode ter diferentes formatos, por exemplo).
Tudo isto segue regras semelhantes às dos especialistas forenses, que recolhem fios de cabelo, impressões digitais e outras amostras biológicas ou não no local de um crime, para tentar chegar ao culpado.(...)"
As ciências forenses nucleares juntam várias competências, da física e da química, para detectar a origem de materiais radioactivos, tanto antes de serem detonados como depois. Ou que nunca serão detonados, como os materiais usados em máquinas de raios-X, por exemplo, mas que por vezes são alvo de tráfico ilícito na União Europeia, juntamente com outros materiais mais preocupantes - como urânio altamente enriquecido, produzido em algumas centrais e usado nas armas nucleares.
Identificar de que zona do mundo terá vindo o urânio (pois cada minério, consoante a região geográfica de onde é originado, tem composições ligeiramente diferentes, com uma assinatura própria), que tecnologia terá sido usada para o purificar. Ou, no caso de serem pastilhas como as usadas nas centrais nucleares, onde são usadas (cada máquina pode ter diferentes formatos, por exemplo).
Tudo isto segue regras semelhantes às dos especialistas forenses, que recolhem fios de cabelo, impressões digitais e outras amostras biológicas ou não no local de um crime, para tentar chegar ao culpado.(...)"
Público 12.04.09
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